15/10/2006

ESTA SEMANA

SÓCRATES É SALAZAR RESSUSCITADO
De acordo com um jornal diário, a manifestação do passado dia 12 contra as políticas do (des) governo socialista que nos calhou na rifa foi das maiores de sempre, havendo até quem, entre os participantes, empunhasse um cartaz dizendo que “Sócrates é Salazar ressuscitado”.
Coitado do Salazar. Já deve ter dado muitas voltas no túmulo por o terem comparado com um primeiro-ministro que se diz democrata mas que na prática é muito mais ditador que ele alguma vez foi.
Salazar podia ter muitos defeitos, mas não pode ser comparado com esta gente que utiliza o compadrio e a mentira para fomentar as injustiças em que vivemos.


SAÚDE
O Ministério da Saúde vai quase duplicar as receitas provenientes das taxas moderadoras cobradas aos utentes no próximo ano, o que será feito através da criação das taxas de utilização - valores que passarão a ser cobrados para internamentos e cirurgias de ambulatório. Contas feitas, Correia de Campos, o inventivo ministro de Sócrates, quer sacar 16 milhões de euros a quem tiver a infelicidade de adoecer e necessitar de recorrer aos Serviços por ele tutelados.
No Jornal Tal & Qual e sob o título “No cobrar está o ganho”, Gonçalo Pereira (não confundir com Gonçalo Castro) dá algumas sugestões para que o patético Correia de Campos possa aumentar as receitas do seu ministério.
Diz ele que se poderia cobrar pela entrada das visitas, pelas refeições dos doentes, pelos banhos que estes tomam, pelas chamadas extra que fazem a enfermeiros ou auxiliares e até pelo consumo energético quando carregam telemóveis no hospital.
Nesta mesma linha de pensamento também eu quero contribuir com algumas sugestões, lembrando-me, por exemplo, que poderia ser cobrada uma taxa pela utilização de elevadores, macas, cadeiras de rodas ou até das arrastadeiras.
Por ser um luxo, o papel higiénico deve ser pago e as descargas de autoclismo só se dão com a introdução de uma moeda.
Nas cirurgias, para além de uma taxa fixa, também pode ser cobrado um pagamento por cada fracção de hora da anestesia e por cada ponto da sutura.
E se as visitas levarem flores, não se deve deixar de cobrar a utilização das jarras onde são colocadas.


MADEIRA
A troca de piropos entre Sócrates e Jardim está cada vez mais interessante e se não fosse o líder do Governo Regional da Madeira um pouco desbocado em algumas ocasiões, teria agora provavelmente muita gente a dar-lhe razão.
Mas se é certo que a Madeira não pode nem deve ter privilégios em relação a outras regiões, também é verdade que pelos vistos o dinheiro por lá tem sido melhor aplicado, cifrando-se o seu rendimento “per capita” 25% acima da média nacional.
O desenvolvimento da Madeira está à vista e a aposta no turismo como sector estratégico para o crescimento económico é uma realidade.
Das redes viárias às infra-estruturas básicas, de que a Madeira era mais deficitária que o continente, Jardim tem conseguido implantá-las e melhorá-las, criando assim condições para o aumento substancial de investimento na hotelaria e restauração, assim como em empresas subsidiárias a esta actividade, com o consequente aumento da oferta de emprego.
Se for feita uma análise séria, facilmente se chegará à conclusão que não sendo o Governo Regional da Madeira um espelho de todas as virtudes, pelo menos é de longe muito melhor que qualquer Governo Central nos últimos 30 anos.
Por muito que se fale e se tente especular com os sucessivos resultados que Jardim obtêm em todas as eleições, o que é certo é que a maioria dos madeirenses o apoia, reconhecendo o trabalho que tem sido feito.
A Madeira não pode ser penalizada por se ter desenvolvido mais que outras regiões e por ter aplicado melhor as verbas que lhe foram atribuídas.


ÁFRICA
Vamos vendo nas televisões e lendo nos jornais os dramas de alguns milhares de africanos que tentam chegar à Europa a bordo de pequenas embarcações, com o único objectivo de poderem trabalhar e ganhar o sustento das suas famílias que morrem de fome, enquanto uma desumana Comunidade Europeia penaliza e manda destruir alimentos básicos, quando a produção destes excede as quotas estabelecidas pelos senhores instalados luxuosamente em Bruxelas.
É chocante como estes seres humanos são tratados e recambiados para as suas terras, como se a culpa fosse deles e não de um mundo que os despreza e que não tem a mínima preocupação com as condições em que vivem.
De vez em quando os senhores todo-poderosos lá mandam uns sacos de farinha e arroz para limparem a consciência, esquecendo-se dos milhares de crianças que não chegam a adultos porque morrem por subnutrição.

1997, 2007 © Guia do Seixal

Visões do Seixal Blog Directório Informações Quem Somos Índice