AINDA O HOLOCAUSTO
Hoje, às seis e meia da tarde, vou estar em Lisboa, junto à embaixada de Israel, para gritar o meu protesto contra a barbárie nazi que, na Palestina e no Líbano, provoca milhares de vítimas. Vou gritar pelo fim do genocídio do povo palestiniano – e agora também do libanês. Vou recordar que, com a cumplicidade e o apoio dos países ocidentais, tudo isto começou nos finais da Segunda Grande Guerra, quando os judeus se instalaram na Palestina, roubando terras, água, casas e bens ao povo palestiniano, que escorraçaram e desde aí, têm impunemente massacrado ou mantido empilhado em enormes guetos. Vou gritar que o comportamento do estado sionista, à imagem dos seus aliados norte-americanos, é mais atroz do que o da Alemanha hitleriana. E se não vemos fornos crematórios é porque, na verdade, as bombas e o poderio bélico sionista fazem muito bem o mesmo serviço.
Este é, infelizmente, o tema obrigatório de hoje, aquele a que, por razões de consciência cívica e humanitária – que se sobrepõem às de natureza ideológica que, contudo, não deixo de assumir – vou voltar, mas antes queria abordar mais uma cena canalha cá do meu bairro, isto é, da minha «nação valente e imortal»: a reforma de Manuel Alegre.
Segundo li e ouvi, o «deputado do PS, Manuel Alegre, foi reformado com 3.220 euros mensais (mais de 640 contos), por ter desempenhado, segundo o próprio, durante “pouco tempo”, funções de “coordenador de programas de texto” da RDP», isto a fazer fé na lista dos aposentados e reformados divulgada pela Caixa Geral de Aposentações. O Correio da Manhã avança que o vice-presidente da Assembleia da República esteve apenas três meses como director dos Serviços Criativo e Culturais da RDP.
Apesar de garantir àquele jornal que sempre descontou por esse cargo na RDP, Manuel Alegre confessa que “se não fosse a CGA a escrever” uma carta a informá-lo da reforma “nem teria dado por isso”. O deputado/poeta, candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, aproveitou para esclarecer o bom povo português que vai optar por receber o ordenado como deputado e apenas um terço da reforma que agora lhe foi concedida. Não rima, mas deve ser verdade…
Ora, Alegre entrou para a RDP pouco depois do 25 de Abril. Mas, assim que foi eleito deputado do PS, nas primeiras eleições para a Assembleia Constituinte, em Abril de 1975, nunca mais desempenhou trabalho efectivo no cargo para o qual fora designado. Alegre revela, no entanto que, caso alguma vez não tivesse sido eleito, “teria regressado para a RDP”. Questionado pelo Correio da Manhã sobre o tempo de trabalho efectivo na RDP e o valor da reforma agora divulgado, Alegre fez questão de sublinhar que tudo “é legal”. Sobre o facto de este cargo não ser referido na sua biografia do Parlamento, o deputado do PS confessa que houve “uma lacuna” que não é da sua responsabilidade.
Claro que Manuel Alegre não tem responsabilidade nenhuma nisto. Responsabilidade nisto temos nós – nós, povo português – quando deixámos – e deixamos – que meia dúzia de tachistas fizessem – e façam – boas leis para eles e (como hoje se vê a olho nu, com as propostas de Sócrates para a chamada sustentabilidade da Segurança Social e as novas fórmulas de cálculo das pensões) leis péssimas para o português comum. «Nem tinha dado por isso», confessou Manuel Alegre, como se 640 contos fossem uma bagatela. Tal e qual os pobres pensionistas deste povo, que também não «dão por isso» quando recebem a sua reformazita, mas por outra razão: é que ela é tão baixa, que antes de ser… já era.
O caso da reforma de Manuel Alegre não é só escandaloso pelo prebendado ser quem é, ou seja, um homem que diz lutar em defesa da ética e dos princípios morais na política e que, entusiasmado, chegou a defender que os políticos deveriam doar o excedente dos subsídios estatais a que têm direito, depois de pagarem as contas das campanhas. Não! O caso é principalmente escandaloso porque tudo isto é legal, porque estes luxos, estas prebendas, foram afanosa e quase secretamente cozinhadas pelos seus autores para si próprios. E por ser ao contrário que eles tratam a generalidade da população. Ou seja: porque nos têm governado bandos de imorais gananciosos, sem ponta de escrúpulos.
Uma outra questão, esta já mais ligada ao Médio Oriente. Li que «o Paquistão está a construir um potente reactor nuclear que, de acordo com analistas, terá capacidade de produzir, por ano, plutónio suficiente para fazer entre 40 e 50 armas nucleares. Esta informação surge quando os americanos vão debater, no Congresso, um programa de cooperação nuclear entre a Administração Bush e o governo indiano, que poderá passar a dispor de sofisticada tecnologia nuclear norte-americana, para colocar sob mais apertadas salvaguardas os reactores nucleares indianos. Tais medidas não se aplicam, porém, aos reactores militares da Índia, que possui, actualmente, entre 30 e 35 sofisticadas ogivas de plutónio.
Dizem as notícias que os EUA estão, é claro, ao corrente do projecto paquistanês, de tal modo que o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, instado a comentar a situação, afirmou: «Estamos ao corrente desse projecto e solicitámos ao Paquistão que se abstenha de usar essas novas instalações para fins militares, como é o caso do fabrico de armas».
É o que faz o Paquistão viver sob uma ditadura amiga. Olhem se fossem os malvados da Coreia do Norte ou do Irão!
Comecei por dizer que hoje, às seis e meia da tarde, vou estar em Lisboa, junto à embaixada de Israel, para protestar contra a barbárie nazi que, na Palestina e no Líbano, provoca milhares de vítimas. E aqui apelo àqueles que agora me escutam para também não faltarem. Juntemo-nos no mesmo abraço e unamo-nos no mesmo espírito que uniu quase toda a humanidade, entre 1938 e 1945, contra a barbárie nazi.
É evidente que os jornais, a rádio e a televisão que temos não ajudam a despertar as consciências. E se não me enganam a mim, que lhes conheço os truques e os vícios de ginjeira, iludem e manipulam, seguramente, milhares de portugueses, ou, na melhor das hipóteses, escondem-lhes o verdadeiro horror desta guerra. É certo que podemos passar pelos canais franceses, italianos ou ingleses, para sabermos algo mais, mas nunca saberemos o essencial. Por isso, eu convido os ouvintes da Rádio Baía a consultarem os seguintes sites na Internet: www.resistir.info, ou www.uruknet.info, para assim poderem ter uma visão mais aproximada da realidade.
Vejam fotos dos corpos de homens, mulheres e crianças calcinados ou horrivelmente esfacelados pelo efeito de armas das quais ainda se desconhecem todas as características, mas que, médicos libaneses e palestinianos não hesitam em considerar proibidas pela Convenção de Genebra. Vejam jovens israelitas a escreverem mensagens na ponta das bombas que irão matar outros jovens, coisa que nem lembraria à Juventude Hitleriana. Vejam as crateras e as ruínas produzidas pelos bombardeamentos em Beirute e noutras localidades libanesas. Vejam o resultado da promessa sionista, segundo a qual, por cada míssil do Hezbollah, os israelitas farão dez bombardeamentos no Líbano, tal como faziam os nazis em represália pela acção das forças da resistência e dos patriotas que se lhe opunham. Vejam e leiam ali, nesses sites, o que a nossa comunicação social não mostra nem diz, porque, como facilmente se percebe em todos os serviços noticiosos, os «judeus» são os nossos e os árabes são os «outros».
E não me digam que Israel apenas usa o seu direito de autodefesa, porque todo este conflito começou em 14 de Maio de 1948, quando os judeus proclamaram o Estado de Israel, ocupando as melhores terras da Palestina, controlando os recursos hídricos, essenciais numa zona por natureza árida, e expulsando os árabes das suas terras e casas. Foi aqui que tudo começou e não quando um palestiniano, porque não tem tanques, nem satélites espiões, nem helicópteros, nem aviões bombardeiros, usa o corpo como arma e investe contra os usurpadores da sua terra e do seu povo, ou quando morre ou é capturado um soldado sionista.
Hoje, às seis e meia da tarde, vou estar ao lado dos povos do Líbano e da Palestina e, principalmente, ao lado das suas vítimas e dos seus mártires. Ali, em Lisboa, em frente à embaixada de Israel.
Até logo!
Crónica de: João Carlos Pereira
Lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 26/07/2006.
(Não deixe de ouvir e participar todas as quartas-feiras entre as 09H00 e as 10H00, em 98.7 Mhz)
Este é, infelizmente, o tema obrigatório de hoje, aquele a que, por razões de consciência cívica e humanitária – que se sobrepõem às de natureza ideológica que, contudo, não deixo de assumir – vou voltar, mas antes queria abordar mais uma cena canalha cá do meu bairro, isto é, da minha «nação valente e imortal»: a reforma de Manuel Alegre.
Segundo li e ouvi, o «deputado do PS, Manuel Alegre, foi reformado com 3.220 euros mensais (mais de 640 contos), por ter desempenhado, segundo o próprio, durante “pouco tempo”, funções de “coordenador de programas de texto” da RDP», isto a fazer fé na lista dos aposentados e reformados divulgada pela Caixa Geral de Aposentações. O Correio da Manhã avança que o vice-presidente da Assembleia da República esteve apenas três meses como director dos Serviços Criativo e Culturais da RDP.
Apesar de garantir àquele jornal que sempre descontou por esse cargo na RDP, Manuel Alegre confessa que “se não fosse a CGA a escrever” uma carta a informá-lo da reforma “nem teria dado por isso”. O deputado/poeta, candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, aproveitou para esclarecer o bom povo português que vai optar por receber o ordenado como deputado e apenas um terço da reforma que agora lhe foi concedida. Não rima, mas deve ser verdade…
Ora, Alegre entrou para a RDP pouco depois do 25 de Abril. Mas, assim que foi eleito deputado do PS, nas primeiras eleições para a Assembleia Constituinte, em Abril de 1975, nunca mais desempenhou trabalho efectivo no cargo para o qual fora designado. Alegre revela, no entanto que, caso alguma vez não tivesse sido eleito, “teria regressado para a RDP”. Questionado pelo Correio da Manhã sobre o tempo de trabalho efectivo na RDP e o valor da reforma agora divulgado, Alegre fez questão de sublinhar que tudo “é legal”. Sobre o facto de este cargo não ser referido na sua biografia do Parlamento, o deputado do PS confessa que houve “uma lacuna” que não é da sua responsabilidade.
Claro que Manuel Alegre não tem responsabilidade nenhuma nisto. Responsabilidade nisto temos nós – nós, povo português – quando deixámos – e deixamos – que meia dúzia de tachistas fizessem – e façam – boas leis para eles e (como hoje se vê a olho nu, com as propostas de Sócrates para a chamada sustentabilidade da Segurança Social e as novas fórmulas de cálculo das pensões) leis péssimas para o português comum. «Nem tinha dado por isso», confessou Manuel Alegre, como se 640 contos fossem uma bagatela. Tal e qual os pobres pensionistas deste povo, que também não «dão por isso» quando recebem a sua reformazita, mas por outra razão: é que ela é tão baixa, que antes de ser… já era.
O caso da reforma de Manuel Alegre não é só escandaloso pelo prebendado ser quem é, ou seja, um homem que diz lutar em defesa da ética e dos princípios morais na política e que, entusiasmado, chegou a defender que os políticos deveriam doar o excedente dos subsídios estatais a que têm direito, depois de pagarem as contas das campanhas. Não! O caso é principalmente escandaloso porque tudo isto é legal, porque estes luxos, estas prebendas, foram afanosa e quase secretamente cozinhadas pelos seus autores para si próprios. E por ser ao contrário que eles tratam a generalidade da população. Ou seja: porque nos têm governado bandos de imorais gananciosos, sem ponta de escrúpulos.
Uma outra questão, esta já mais ligada ao Médio Oriente. Li que «o Paquistão está a construir um potente reactor nuclear que, de acordo com analistas, terá capacidade de produzir, por ano, plutónio suficiente para fazer entre 40 e 50 armas nucleares. Esta informação surge quando os americanos vão debater, no Congresso, um programa de cooperação nuclear entre a Administração Bush e o governo indiano, que poderá passar a dispor de sofisticada tecnologia nuclear norte-americana, para colocar sob mais apertadas salvaguardas os reactores nucleares indianos. Tais medidas não se aplicam, porém, aos reactores militares da Índia, que possui, actualmente, entre 30 e 35 sofisticadas ogivas de plutónio.
Dizem as notícias que os EUA estão, é claro, ao corrente do projecto paquistanês, de tal modo que o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, instado a comentar a situação, afirmou: «Estamos ao corrente desse projecto e solicitámos ao Paquistão que se abstenha de usar essas novas instalações para fins militares, como é o caso do fabrico de armas».
É o que faz o Paquistão viver sob uma ditadura amiga. Olhem se fossem os malvados da Coreia do Norte ou do Irão!
Comecei por dizer que hoje, às seis e meia da tarde, vou estar em Lisboa, junto à embaixada de Israel, para protestar contra a barbárie nazi que, na Palestina e no Líbano, provoca milhares de vítimas. E aqui apelo àqueles que agora me escutam para também não faltarem. Juntemo-nos no mesmo abraço e unamo-nos no mesmo espírito que uniu quase toda a humanidade, entre 1938 e 1945, contra a barbárie nazi.
É evidente que os jornais, a rádio e a televisão que temos não ajudam a despertar as consciências. E se não me enganam a mim, que lhes conheço os truques e os vícios de ginjeira, iludem e manipulam, seguramente, milhares de portugueses, ou, na melhor das hipóteses, escondem-lhes o verdadeiro horror desta guerra. É certo que podemos passar pelos canais franceses, italianos ou ingleses, para sabermos algo mais, mas nunca saberemos o essencial. Por isso, eu convido os ouvintes da Rádio Baía a consultarem os seguintes sites na Internet: www.resistir.info, ou www.uruknet.info, para assim poderem ter uma visão mais aproximada da realidade.
Vejam fotos dos corpos de homens, mulheres e crianças calcinados ou horrivelmente esfacelados pelo efeito de armas das quais ainda se desconhecem todas as características, mas que, médicos libaneses e palestinianos não hesitam em considerar proibidas pela Convenção de Genebra. Vejam jovens israelitas a escreverem mensagens na ponta das bombas que irão matar outros jovens, coisa que nem lembraria à Juventude Hitleriana. Vejam as crateras e as ruínas produzidas pelos bombardeamentos em Beirute e noutras localidades libanesas. Vejam o resultado da promessa sionista, segundo a qual, por cada míssil do Hezbollah, os israelitas farão dez bombardeamentos no Líbano, tal como faziam os nazis em represália pela acção das forças da resistência e dos patriotas que se lhe opunham. Vejam e leiam ali, nesses sites, o que a nossa comunicação social não mostra nem diz, porque, como facilmente se percebe em todos os serviços noticiosos, os «judeus» são os nossos e os árabes são os «outros».
E não me digam que Israel apenas usa o seu direito de autodefesa, porque todo este conflito começou em 14 de Maio de 1948, quando os judeus proclamaram o Estado de Israel, ocupando as melhores terras da Palestina, controlando os recursos hídricos, essenciais numa zona por natureza árida, e expulsando os árabes das suas terras e casas. Foi aqui que tudo começou e não quando um palestiniano, porque não tem tanques, nem satélites espiões, nem helicópteros, nem aviões bombardeiros, usa o corpo como arma e investe contra os usurpadores da sua terra e do seu povo, ou quando morre ou é capturado um soldado sionista.
Hoje, às seis e meia da tarde, vou estar ao lado dos povos do Líbano e da Palestina e, principalmente, ao lado das suas vítimas e dos seus mártires. Ali, em Lisboa, em frente à embaixada de Israel.
Até logo!
Crónica de: João Carlos Pereira
Lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 26/07/2006.
(Não deixe de ouvir e participar todas as quartas-feiras entre as 09H00 e as 10H00, em 98.7 Mhz)
2 Comments:
Caro João Carlos
Então tu aindas ficas admirado com as reformas dos nossos políticos ? Já agora acrescenta também o cargo do senhor Jaime Gama, que na mesma altura era o Director dos Serviços Informativos e quando chegar aos 70 anitos também irá ter direito ao mesmo pecúlio.
Claro está – e outra coisa não seria de esperar – que entraram para a ex-Emissora Nacional através de complicadíssimos Concursos Públicos, só assim se justificando terem imediatamente passado aos quadros efectivos da Empresa.
Já sei que estás a pensar que não existiram concursos nenhuns e que eles entraram pela “porta do cavalo” por serem dirigentes do Partido Socialista.
Tens mesmo uma mente fértil.
Então tu não sabes que eles se sacrificaram ao ponto de serem pioneiros do PRBC ?
E perguntas tu:
- O que é isso do PRBC ?
- É o Processo Revolucionário dos Boys em Curso.
Sim, foram estas abnegadas criaturas (e outras) que serviram de cobaias para aquilo que hoje já toda a gente aceita como direito adquirido, permitindo as tais reformas escandalosas.
Tal como dizes, a culpa não é deles, mas sim de todos nós que continuamos a suportar esta corja de oportunistas.
O poeta democrata foi preso em Luanda, diz ele que pela PIDE, que como se sabe, tinha uma estreita colaboração naquele território com as Forças Armadas. Aquilo que se conhece é que ele teria desertado por não querer cumprir o serviço militar, tendo sido entretanto apanhado e recambiado para o Continente, onde se manteve com residência fixa até à sua fuga para Argel. E como o poeta democrata não podia viver só do ar e da poeira do deserto argelino, lá mandaram o Palma Inácio assaltar o Banco de Portugal na Figueira da Foz para que o coitado pudesse ter algum dinheiro para comprar os cigarritos, os uísques e as esferográficas para escrever poemas.
O exílio dele faz-me lembrar o do seu camarada Mário Soares em S.Tomé e em Paris, onde até leccionava na Sorbonne. Exílios dourados, onde unca lhes faltou nada, a não ser vergonha na cara.
Até o envolvimento do chamado Grupo de Argel na cilada efectuada ao General Humberto Delgado, que levou ao seu assassinato, continua por explicar e há dias morreu um dos principais executores que certamente muito teria para contar, se isso não pudesse comprometer alguns acordos estabelecidos com uma determinada oposição ao regime de então.
As paredes da Assembleia da República ouvem muita coisa e aquilo do muito que se diz por lá é que o poeta democrata até utiliza o carro que lhe está distribuído como Vice-Presidente da Mesa para se deslocar aos locais das suas caçadas. Os motoristas é que não podem falar, porque senão até diriam que são eles que têm de carregar as armas e as têm de limpar.
Mas deve ser tudo mentira e isto não passa de uma manobra da reacção para denegrir a imagem de tão ilustre personalidade.
Um abraço,
Celino
Caro Amigo Celino
As coisas que tu sabes sobre a gente fina cá do bairro Cor-de-Rosa! Mas quando falaste no Jaime Gama, até dei um pulo. Pensei que ias tocar naquele assunto...
É assim: esta democracia engorda mais os seus leitões, do que a ditadura engordava os cevados de então.
Sobre o exílio dourado do «pai da democracia», faltou-te realçar que ele também foi, em S. Tomé, durante o tal exílio, consultor jurídico, ou coisa que o valha, dos Mellos, que detinham muitos interesses naquela antiga colónia.
E que, quando esteve uns dias na Pide, tinha autorização para encomendar as refeições a uma famosa pastelaria do Chiado. E, no Aljube, gratificava o carcereiro, diariamente, com uma nota de 20, o que na altura era uma fortuna.
Sabes que mais? Vou ficar por aqui, pois já estou com vómitos.
Um abraço.
João Carlos Pereira
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