07/06/2006

A BANDEIRA E AS CUECAS

Há dias em que estou assim, voltado para o deboche, só me apetece rir, até das coisas mais sérias. Melhor dizendo: principalmente das coisas mais sérias.

E não há coisa mais séria do que a bandeira nacional. Ela é o símbolo da pátria, dos nossos valores mais sagrados. Fala da nossa história, dos nossos feitos, eleva o sangue derramado pelos nossos heróis, ensina a ter esperança num futuro radioso de que nos possamos todos orgulhar. Ela é o símbolo de um povo. E, se não estou errado, um povo é constituído por pessoas, por seres humanos que, segundo rezam os entendidos, são o que há de melhor sobre a terra (eu tenho as minhas dúvidas, mas quem sou eu para duvidar de sábios e de bispos, mesmo do maior deles, o papa? Enfim…).

Ora, se a bandeira não é só um trapo vermelho e verde, com uma esfera armilar e um escudo estampados no sítio onde as duas cores se juntam, mas algo com uma dignidade muito superior à bandeira do Grupo Cultural e Desportivo Os Unidos do Arco da Travessa, não deve estar, como algumas que eu vejo, pendurada no estendal da roupa, a partilhar o arame com as cuecas da dona Otília e as peúgas do senhor Mendonça (nomes fictícios, claro está, assim como os Lopes da Silva, dos Gatos Fedorentos).

Mas eu, ao ver isto, em vez de me enfurecer e, com modos desabridos, tocar à campainha dos nossos concidadãos e pedir-lhes que vejam lá essa pouca-vergonha, de pôr a bandeira das quinas ao nível dos trapos das… das partes íntimas, ou da extremidade dos membros inferiores, dá-me uma incontrolável vontade de rir. E rio, às gargalhadas, a bandeiras despregadas.

Afinal, como estão a pátria e o povo, é mesmo ali, ao nível da cuequinha – e de tudo o que ela sugere – que a bandeira nacional fica bem. Ou de pernas para o ar, como também já vi, assente na vidraça, quando não está, presa por uma ponta, tipo pano da cozinha, no fecho da janela. Também há quem, por ser mais patriota do que os vizinhos todos juntos, pendure várias num fio, e vá de o atar da sua janela ao poste da iluminação pública, no outro lado da rua, assim como os festões dos bailes populares. Ditosa pátria que tais filhos tem!

Claro quer todo este patriotismo vem a propósito do mundial de futebol, que começa, na Alemanha, já no próximo fim-de-semana. O que ainda me dá mais vontade de rir, só de pensar no que vai acontecer se os nossos valentes rapazes repetirem a magnífica proeza dos sub-21.

Entretanto, Sócrates respira fundo. Com o mundial a entreter o pagode, ninguém lê as notícias que dizem que, só em Maio, foram vendidos 100 automóveis de luxo, num Portugal em crise, vejam bem. E eu sempre a rir. Só a Lexus vendeu 39 unidades (já tinha vendido 130, entre Janeiro e Abril), mas a Jaguar não esteve nada mal, com os seus 35 carritos vendidos, a juntar aos 100 que vendeu também nos primeiros 4 meses. A Porsche, que disse já pretender vender 300 unidades este ano no nosso país, vendeu, em Maio, 20 unidades, e desde o início do ano, já lá vão 120. Aston Martin, Maserati e a Lótus já venderam, este ano, 15, 5 e 2 unidades, respectivamente. A Bentley e a Rolls Royce venderam 3 e 1 carros, respectivamente. E não falamos de carros de gama alta, como o Audi ou o BMW, que entre si – e só este ano – já despacharam 7.022 popós.

Já com a barriga a doer de tanto rir, e sempre com a gloriosa bandeira nacional a ondular na janela do meu cérebro, fiquei a saber que, enquanto as lojas portuguesas perto da fronteira estão cada vez mais às moscas (e o perto da fronteira é cada vez mais longe dela…), os cidadãos nacionais fazem fila nas lojas espanholas, do lado de lá. De gargalhada em gargalhada, dou comigo a pensar no que também devem rir os comerciantes e governantes espanhóis, os únicos e verdadeiros beneficiários das políticas inteligentes do PS de Sócrates e do seu ministro das Finanças – para além, está bem de ver, daqueles que compraram os tais carros de luxo. É isso: os comerciantes portugueses queixam-se de uma quebra de 20 a 40% nas vendas, pelo menos nas zonas fronteiriças, mas os comerciantes espanhóis falam de uma onda de clientes portugueses, que, dizem eles, já são cerca de 20% da sua clientela, como afirmou à «Agência Financeira» o presidente da associação de comerciantes de Badajoz, António Garcia Salas. Este responsável, que preside também à Escola de Negócios da Extremadura, diz mesmo que «existem clientes regulares, portugueses, que vêm com frequência abastecer-se no comércio local, sobretudo por causa dos preços, que são aqui, em média, 10 a 20% mais baixos. Cada vez mais, os portugueses têm o hábito de vir aqui fazer compras, vêm frequentemente e ao longo do ano todo, e não só aos fins-de-semana».

Neste momento, já estou a rebolar-me no chão, rindo que nem um louco, só de pensar que esta divergência de preços, como é sabido, se deve à menor carga fiscal espanhola, o que faz com que o custo de vida acabe por ser lá muito mais baixo. Na gasolina, por exemplo, é ainda mais flagrante: os preços chegam a ser 30% mais baratos. E assim, sai o tiro pela culatra a Sócrates e companhia, que vê aumentar o buraco orçamental, enquanto os espanhóis batem palmas. Olé!

Tento acalmar-me, respirar fundo, descontrair, aliviar as contracções dos músculos abdominais, do peito e da garganta, evitar que os maxilares se desencaixem, e dou por mim a lembrar-me daquela de pôr os pais a avaliar os professores dos filhos. De repente, imagino o ministro da Justiça a pôr os cidadãos que frequentam os tribunais, seja como queixosos, seja como arguidos, a classificarem, para efeitos de carreira e aposentação, os juízes e os delegados do Ministério Público. E – porque não? – o senhor secretário de Estado do Desporto pôr as namoradas do Ronaldo a classificarem o senhor Scolari mais os árbitros que apitem os jogos da jovem vedetinha. Ou – ainda melhor – os contribuintes a dizerem quanto é que o senhor Vítor Constâncio deve ganhar e em que idade se deve reformar – e com quanto.

Quando aqui chego, a este delírio populista, já me falta o ar de tanto rir, e só as notícias de mais alguns massacres no Iraque, levados a cabo pelas tropas do IV Reich, é que me fazem voltar ao sério. Por pouco tempo. Porque logo a seguir vejo Cavaco Silva a pedir aos empresários uma ajudinha para acabar com a exclusão social no nosso país. Como? Dando emprego a toda a gente e pagando decentemente e a tempo e horas? E lá volto eu a rir às gargalhadas, incontidas, enormes, sufocantes. Eh, pá, não me façam rir mais, pela vossa rica saudinha…

«Esta é a ditosa Pátria minha amada», cantou Camões. E, na altura, ainda não havia selecção nacional de futebol, nem Sócrates, nem PS, nem um tal Ascenso Simões, que foi deputado socialista e, hoje, é o secretário de Estado do Tesouro, ou coisa que o valha. Este cromo, quando era deputado, enviou uma mensagem ao senhor Paulo Pedroso, a perguntar se queria que assinasse por ele a folha de presenças na Assembleia da República. Belo exemplo de camaradagem e, sobretudo, de seriedade. Olha, deixa estar, que o Tesouro está bem entregue, não haja dúvida…

Em Rio Maior, PS e PSD andam numa acesa troca de palavras, porque o presidente da Câmara, que é PS, dá jobs a tudo o que é família ou aproximado. Diz o PSD que é um escândalo. Diz o PS, que nem por isso, pois alguns dos beneficiários até têm pais e avós que são – ou foram – do PSD.

Ó, Camões! Esta é que é a ditosa Pátria tua amada? A da bandeira ao nível das cuecas? A do Ronaldo e do Quaresma? A dos dois milhões de portugueses com fome e dos carros de luxo a saírem como gente grande? De termos que ir a Espanha para nascer, tratar da saúde e comprar aquilo que, por cá, já não podemos?

Agora já estou com lágrimas nos olhos. E olha, Luís Vaz, que não sei se é de tanto rir…


Crónica de: João Carlos Pereira
Lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 07/06/2006. (Não deixe de ouvir e participar todas as quartas-feiras entre as 09H00 e as 10H00, em 98.7 Mhz)

8 Comments:

Blogger x said...

Ao “Mocho Sábio”

Apesar da linguagem pouco ou nada dignificante, imprópria de um mocho (e muito menos de um sábio), quero agradecer-lhe pela sua preocupada atenção às crónicas que aqui são publicadas. Como vê, pelo seu exemplo, também há gente do povo que de ser humano nada tem, ou tem muito pouco. Foi pena, contudo, que sendo sábio, ou a isso tendo pretensões, não tivesse conseguido contrapor nada inteligível àquilo que o autor da crónica defendeu.
Nota-se, no seu escrito, uma raiva pessoal incontida, para além de uma falta de elevação e dignidade própria de quem não sabe viver em sociedade e que, à falta de ideias próprias ou defensáveis, se limita a insultar.
Não tenho procuração do autor, mas sempre lhe digo que, com o seu texto e a sua linguagem,contribuiu para o oposto do que eventualmente pretendia. Ou seja: em vez de o denegrir, acabou exaltando-o e conseguiu, seja lá o senhor «mocho» quem for, mostrar que, se são da sua qualidade aqueles que discordam do João Carlos Pereira, ele nem precisará de ser excelente, para ser infinitamente superior a quem assim o critica.
Saberá o senhor “mocho” o que significa honestidade, coerência, e verticalidade ? Saberá o senhor “mocho” o que é pensar e agir de acordo com princípios fundamentais e pela própria cabeça ?
Mas suponho, face ao que escreveu, e como o escreveu, que por muito «mocho» e «sábio» que julgue ser, jamais perceberá isso. Aliás, se o percebesse, teria ficado quietinho no seu galho, fazendo uma reflexão sobre tudo aquilo que aqui tem sido denunciado com verdade, pois nós não inventamos nada.
Por outro lado, também se percebe que gosta do folclore das bandeiras a propósito de futeboladas (terá alguma pendurada à janela?), mas que detesta aquelas que podem «falar» de coisas verdadeiramente sérias, talvez por tocarem nas suas simpatias ou por usufruir do próprio sistema que parece defender. São assim os homens pequeninos, quase sempre velhacos, ou dançarinos. O senhor «mocho», por acaso, dança?
Seja como for, não se acanhe. Escreva sempre, e mais. Mas, se for capaz, tente ser um pouco mais civilizado e, se não for pedir muito, um bocadinho (só um bocadinho...) inteligente. Pode ser?
Cá o esperamos.

Celino Cunha Vieira

8/6/06 6:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olha, olha!



Que gandas malucos! Então agora é assim, às asneiradas, que os mochos sábios
piam? Francamente!



Tá bem, tá... Até parece que tás na tasca, a arrotar argumentos, ó meu. E
depois, não sabes piar, nem escrever, é só calinadas e pontapés na
gramática. Ao menos eu escrevo assim porque quero, porque é fixe, mas tu é
porque não sabes garatujar melhor, ó bacano. Tem maneiras, encolhe a pança e
arrota menos, porque isto aqui tem de manter algum nível.



Mas diz-me cá: és da chucharia, não és? Também andas a gamar a malta, não
andas? Mas não te estiques, ó tosco, que ficas com o umbigo à mostra!



Zeca da Borga

9/6/06 7:22 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Amigo Calino, amigo (embora desconhecido)Zeca

Ter-me-ia competido responder ao piador, caso o piar viesse revestido de elevação e inteligência, por muito poucas que fossem. Como não era o caso - e porque não tenho stock de cera nem de pérolas - optei pelo silêncio.

Por isso, louvo-vos a paciência e, pelo que percebi dos vossos escritos, o conhecimento que têm da fauna aqui do sítio.

João Carlos Pereira

9/6/06 8:05 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Olha lá, ó Mocho II.

Mudaram de escriba (tu escreves ligeiramente melhor) e não asneiras tanto, mas usas a msma camisa castanha. E a raivinha de dentes também é a mesma. Vê-se à légua, não sabes?

Vê-se logo que és da pandilha da chucharia, e só não gostas das crónicas porque é o teu querido partido que está no Geverno. Se fosse o PSD (como já foi), nem piavas, ó mochinho, até batias palmas. Tá certo? Bem fez o gajo, que não vos deu troco.

Mas acalma-te, meu, aguenta aos «cavais», porque já não podes ir bufar para a António Maria Cardoso, tás a topar, ó «engenheiro»? Olha, segue um concelho: Como és pequenino demais para te meteres em assuntos de homens, aproveita o tempo para segurares as coisas lá para as tuas bandas, para evitar que cresça o rol dos calotes. OK?

Zeca da Borga

(um criado ao vosso dispor)

9/6/06 6:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Zeca da Borga

Deixe-me louvar-lhe o estilo e a causa. Pelo que vejo, não andaremos distantes no modo de encararmos certas coisas. Apenas duvido da utilidade de responder a certa gente, mas como isso lhe dá, a si, de forma evidente, um grande gozo, vá em frente.
Se me perguntar porque me recuso a dialogar com certas pessoas, eu respondo que distingo entre dialogar – isto é: defender causas, argumentar, dizer que sim, ou que não, mas saber dizer porquê – ou, como é caso, entrar na traulitada verbal, na rasquice, no insulto, na peixeirada. Discuto e debato um tema qualquer com pessoas dos mais variados quadrantes, mas só o faço na base da honestidade intelectual, das diferenças assumidas com coragem e sem máscaras. Gosta da frontalidade dos animais diurnos, mas enojam-me as práticas subterrâneas das ratazanas de esgoto.
Não sei a sua idade, mas a minha é suficiente para saber, por experiência vivida, o que é isso da liberdade de expressão, da crítica política e social, da censura e da repressão ideológica. Se calhar, o meu amigo escondia, na sua jocosa agressividade, a consciência plena de que é disso mesmo que se trata no caso que aqui tratamos.
De facto, ninguém contesta o que eu digo, por ser mentira (se o fosse, meu amigo, que fácil seria desdizerem-me!), mas alguém se irrita muito por eu dizer as verdades que eles gostariam de ver caladas. Sem querer ser excessivo – e inspirando-me na sua prosa – sempre lhe digo que há muita maneira de se continuar a ser PIDE. É que ser PIDE não era apenas uma profissão asquerosa. Era – e é – um estado de espírito, uma condicionante do carácter, se não for, até, uma questão genética, um quisto do próprio temperamento.
Nas minhas crónicas – que qualquer pode ler – são feitas afirmações sobre factos concretos e indesmentíveis do nosso dia-a-dia. Nunca - nem as pessoas, sérias, nem os ratos de esgoto, anónimos e cobardes - me apontaram uma única inverdade.
Não gostam do estilo? Não gostam da rudeza das palavras? Não gostam que chame os bois pelos nomes? Paciência. Se não deram por isso, estamos (por enquanto) em democracia formal e, até ver, ainda ninguém teve a coragem (porque a vontade existe) de acabar com o que falta do 25 de Abril.
A questão é esta, amigo Zeca, e só esta. E como você disse – e muito bem – estes «mochos» só piam há pouco mais de 15 meses, tantos quantos leva o engenheiro Sócrates de «ditadura democrática», de consulado da fome.
Antes, as minhas crónicas eram sopa no mel cor-de-rosa. Então, acha que vale a pena responder a isto? Não vale, pois não?
Por isso, ponto final.

Um abraço.

João Carlos Pereira

9/6/06 8:01 da tarde  
Blogger x said...

ESCLARECIMENTO

Porque ainda existem pessoas (ou bichos?) que por falta de argumentação própria a única coisa que sabem fazer é o que se pode ler acima, quero esclarecer que o “Guia do Seixal” não vive à custa de ninguém a não ser de mim mesmo e que com muito orgulho e satisfação conta com a colaboração semanal do João Carlos Pereira, sendo ele livre de escrever o que muito bem entender, limitando-me eu a respeitar o seu pensamento e as suas ideias, concorde ou não com elas, porque só assim compreendo a verdadeira democracia.
Se as opiniões do João Carlos Pereira podem desagradar a alguém ou serem confundidas com a linha editorial do Jornal Pravda, é porque, quem faz essa comparação, deve ter sido um seguidor atento desse jornal ou de outros de cariz meramente propagandístico, demonstrando um evidente saudosismo e uma tremenda falta de cultura política que se traduz na ausência do indispensável senso comum para poder vislumbrar as injustiças sociais a que temos estado sujeitos.
Este espaço está aberto, diria até, escancarado, a quem tiver vontade de dar a sua opinião de uma forma totalmente livre, exigindo-se apenas que seja séria e que não ofenda o bom nome ou a a inteligência de cada um.
Volto a repetir: o “Guia do Seixal” e todo o seu conteúdo é da minha inteira responsabilidade e não está sujeito a dependências de qualquer ordem.
Estamos esclarecidos ?

Celino Cunha Vieira

12/6/06 5:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ao mocho

Ou dás a cara e o nome, ou podes piar à vontade, que, pelo meu lado, ficas a piar sozinho.

Para além disso, não converso com boys, como deves saber há já algum tempo.

João Carlos Pereira

12/6/06 7:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Meu querido Mocho

Agora é que isto está mesmo giro. Se não fosses tu (que pias pelo anus e defecas pelo bico) a coisa não tinha graça nenhuma, meu.

Vé se atinas com isto, ó mocho. Desde que começaste a escrever neste site, já dás menos erros. Ainda não consegues desenrascar um pensamento com mais de dez palavras, mas está quase. Já fazes umas citações em latim, que te ensinou o teu querido padre «Malícias», e já estás menos analfabeto. Vês, como sempre aprendes alguma coisa aqui com este teu admirador e com o «Joãozinho»?

O gajo agora cortou-te as vasas, diz que não dá mais corda ao lixo, mas tá mal pensado. Tá memo muita mal. (Isto não são erros ortográficos, sou eu que falo mesmo assim, tás a ver?).

Olha, mas continua a defecar, que respondo eu. Mas tem cuidado. Se dás muitos erros, os teus camaradas percebem que, em vez de mocho, és um grande burro. E não se enganam muito, pois não?

Olha. Vai ao veterinário e pede para te desligarem as tripas do cérebro. É que assim talvez te saíssem menos fezes pela boca...

(Esta foi mesmos ao teu estilo, não foi?)

Zeca da Borga

13/6/06 3:16 da tarde  

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