22/04/2006

URUBUS

São aqueles passarões que esperam que os moribundos passem a cadáveres para depois os comerem. A TVI obteve, com a transmissão em directo do funeral de um jovem actor, cerca de 65,5 % de ‘share’, transformando em espectáculo o que deveria ser um momento de recolhimento profundo para familiares e amigos.
Não sei o que mais me indigna: se o aproveitamento de uma televisão sobre uma tragédia, se o conjunto de gente mórbida agarrada à televisão e que não deve ter mais nada para fazer.
Pobre rapaz, que depois de morto ainda continua a dar lucro a quem não olha a meios para atingir fins, indiferente à dor e ao desgosto, explorando os sentimentos que deveriam ser respeitados.
Será esta a sociedade e o mundo onde queremos viver ?

JUSTIFICAÇÕES ?
O líder da bancada parlamentar do PS, Alberto Martins, propôs a redução de três para duas o número de sessões plenárias por semana. A proposta surgiu após a polémica ‘gazeta’ parlamentar do passado dia 12, onde 107 deputados falharam a votação no Plenário.
Aqui está uma boa fórmula para que não volte a acontecer o mesmo: basta reduzir o número de sessões plenárias e assim os riscos serão menores.
Houve quem justificasse a falta porque esteve numa consulta médica ou porque teve uma reunião partidária inadiável, mas também houve quem dissesse que faltou por razões pessoais, como o deputado Luís Rodrigues, eleito pelo PSD no circulo eleitoral de Setúbal.
Como as justificações dadas por alguns deputados são de tal modo esfarrapadas, melhor seria acabarem de vez com toda aquela palhaçada mascarada de democracia.
Tal como sugeriu o prof. Marcelo Rebelo de Sousa, devemos saber quem são os faltosos para que numas próximas eleições não nos venham pedir o voto.
Por Setúbal, os faltosos foram os seguintes:
Alberto Marques Antunes, António Vitorino. Maria Sarmento Dinis e Vítor Ramalho (PS); Fernando Negrão e Luís Rodrigues (PSD); Francisco Lopes (CDU).

PARIDADE ?
Após mais uma palhaçada, lá foi aprovada a custo e à segunda tentativa, pelo PS e pelo BE, a tal Lei da Paridade(?) dos sexos nas listas concorrentes a eleições legislativas, europeias e autárquicas.
Não percebo é porque não aplicam essa mesma paridade no governo, pois certamente que as mulheres seriam muito mais competentes que a maioria dos ministros e secretários de estado.
E porque será que nas administrações das empresas públicas de nomeação governamental não existem mulheres ?
Para além de subsistirem sérias dúvidas sobre a constitucionalidade desta Lei, ela encerra em si um atestado de menoridade às mulheres, porque, se estas não participam mais activamente na politica é por razões de ordem social e não de qualquer outra discriminação, pelo que, os argumentos apresentados são pura demagogia.

1997, 2007 © Guia do Seixal

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