27/03/2006

ESTA SEMANA

TURISMO
Por motivos profissionais tive que me deslocar às Astúrias onde tive oportunidade de poder ver e comparar a forma como se trabalha para o desenvolvimento de uma região que, alicerçada no sector industrial e agrícola desde há séculos, tem também vindo a sofrer com a globalização e a crise generalizada, virando-se agora com mais afinco para o turismo como forma de poder superar as carências económicas e de emprego.
Nas Astúrias, ao contrário do que se passa em Portugal, existe uma planificação e sente-se uma grande dinâmica dos agentes económicos que são impulsionados pelo poder político local e regional que não ficou à espera das multinacionais ou dos “beneméritos” Belmiros que tudo querem monopolizar.
É de salientar o aproveitamento (não só nas Astúrias como também noutras regiões espanholas) de todos os recursos disponíveis, salvaguardando a identidade própria e a qualidade dos serviços que são oferecidos, embora nem todas possuam as condições intrínsecas que existem em Portugal e que nós desprezamos.
Enquanto por cá se continuar a pensar que para o desenvolvimento do turismo basta ter umas boas praias, muito sol, alguns monumentos, o futebol e o Santuário de Fátima, muito dificilmente poderemos competir com outros países que já perceberam este fenómeno.
Não é preciso inventar nada, mas é urgente conhecer o que de bom se faz por esse mundo fora de uma maneira prática e eficaz, sem a mania das intelectualices onde se gasta rios de dinheiro com promoções que não têm as necessárias contrapartidas, a não ser, provavelmente, para os bolsos de alguns.

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