30/04/2006

ESTA SEMANA

CONSUMO
O Ministério da Educação vai estabelecer um quadro de orientações para a oferta de alimentos nas escolas. Estas regras restringirão o consumo de certos produtos, como bolachas, e poderão mesmo proibir outros, como refrigerantes e batatas fritas. O assunto ganhou actualidade com o aumento da obesidade entre as crianças e adolescentes e consequentes problemas de saúde. Portugal é o vice-campeão da Europa em excesso de peso nos mais novos.
Há dias, falando com um Professor da Escola de Pinhal de Frades, fiquei espantado quando este me disse que muitos dos alunos não utilizam o refeitório da Escola, preferindo dar uma saltada ao renovado espaço comercial recentemente inaugurado no Fogueteiro, para aí adquirirem os “hamburguersinhos” as batatas fritas e os refrigerantes da moda.
Bem pode o Ministério definir orientações, quando os jovens são bombardeados diariamente com campanhas publicitárias para os aliciar ao consumo destes e doutros produtos nocivos à sua saúde.

GASOLINEIRAS
A legislação que obriga a colocar painéis electrónicos com os preços comparativos dos combustíveis nas auto-estradas e nas SCUT foi publicada em Diário da República há quatro meses, mas ainda não foi cumprida.
Esta Lei, anunciada em Agosto de 2005 e que entrou em vigor a 1 de Janeiro deste ano, foi criada com vista a proteger os consumidores, permitindo escolher o preço mais baixo entre as gasolineiras disponíveis.
Com a nova Lei passa a ser obrigatório colocar um painel electrónico com os preços praticados nas três estações de abastecimento seguintes, dois quilómetros antes de cada estação de serviço.
O problema é que os nossos políticos de cravo ao peito fizeram a Lei mas não a regulamentaram, impossibilitando assim a sua aplicação.
Teria sido por falta de tempo ou os senhores políticos não querem entrar em litígio com as gasolineiras, porque não se sabe se no futuro não poderão vir a ser penalizados na obtenção de um lugarzito na administração de uma delas ?

CHERNOBYL
Passaram-se já 20 anos sobre a tragédia que se abateu sobre Chernobyl e essa triste efeméride trouxe-me a imagem das crianças Ucranianas que tive a oportunidade de visitar por mais de uma vez em Tarará (Cuba), onde estavam em tratamento intensivo das enfermidades provocadas pelo desastre nuclear.
Após o acidente, Cuba ofereceu gratuitamente os seus serviços para receber as crianças afectadas em Chernobyl, tendo já passado por Tarará mais 20.000 menores sofrendo dos efeitos das queimaduras radioactivas, as quais são tratadas através de um programa de regeneração celular que utiliza algumas propriedades extraídas da placenta humana e em que a Medicina Cubana é pioneira.
É por estas e por outras é que me orgulho muito de Cuba: enquanto uns falam, falam e não fazem nada, outros, mesmo tendo pouco para si próprios, estão sempre na primeira linha para ajudar os que mais necessitam.

1997, 2007 © Guia do Seixal

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