17/12/2006

ESTA SEMANA

CASTELO
Ficámos a saber que nossa velha e inconfundível “Água Castelo” vai ser vendida aos espanhóis. Vamos deixar de ter (como nossa) aquela água com borbulhas que acompanhava e se misturava nos anos sessenta com o uisquesinho martelado em Sacavém.
Tudo nos levam e nem mesmo as tradições se mantêm nesta feroz globalização a que estamos sujeitos.
Já sabe: no futuro peça “una água castillo, pero, com borbujas”.


MAIS UMA EP
Como se já não bastasse terem vendido muitas das escolas primárias construídas ao abrigo do Plano Centenário, as brilhantes inteligências socialistas que nos (des) governam vão criar uma Empresa Pública para gerir as instalações das escolas secundárias.
Para dotar de meios financeiros este novo covil de “boys”, para além da transferência de 4 milhões de euros do OE, estão já escolhidas 6 unidades (Passos Manuel, D. Dinis, Pedro Nunes e João de Castro, em Lisboa, Rodrigues de Freitas e Oliveira Martins, no Porto), as quais, depois de vendidos os seus terrenos, darão lugar a novas urbanizações.
É democrático.


ERSE
Jorge Vasconcelos, o Presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou a sua demissão, em conflito com a decisão do Governo de limitar a seis por cento os aumentos da energia para os consumidores domésticos em 2007.
Mas, ao contrário de outros trabalhadores, ele sai, mas não irá precisar de recorrer ao subsídio de desemprego.
De acordo com o jornal “Correio da Manhã”, o salário do presidente da ERSE era de 18 mil euros mensais (vezes 14), a que acresciam ajudas de custo.
Segundo o que estabelecem os estatutos do próprio regulador (que é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira e de património próprio), no seu artigo 29, n.º 5, “após o termo das suas funções, os membros do conselho de administração ficam impedidos, pelo período de dois anos, de desempenhar qualquer função ou prestar qualquer serviço às empresas dos sectores regulados”. Trata-se de um compreensível “período de nojo”, que impede a existência de promiscuidades entre reguladores e regulados.
Isto significa que Jorge Vasconcelos passará a receber “apenas” 2/3 do salário, qualquer coisita como 12 mil euros por mês, ou não tivessem sido os Estatutos aprovados por ele mesmo.
É democrático.


MANADAS
O Ministério da Agricultura vai vender herdades, matas, prédios e até manadas de animais. Vários grupos económicos já manifestaram interesse em adquirir alguns dos bens que a Agricultura vai alienar, nomeadamente o Grupo Amorim e o Grupo Espírito Santo.
Não se entende bem por que razão tem o Ministério da Agricultura este património, quando existem tantos e tantos trabalhadores agrícolas sem trabalho e uma enorme desertificação do interior.
Num País com preocupações sociais, realmente o melhor é vender tudo aos grandes grupos económicos.
É democrático.

1997, 2007 © Guia do Seixal

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