05/03/2006

ESTA SEMANA

BÈBÉ DESAPARECIDA
Durante vários dias muito se falou sobre o desaparecimento de uma menina recém-nascida que foi raptada na maternidade onde nasceu. Passaram-se outros tantos dias e já nada se diz ou escreve sobre o assunto, parecendo que este vai ser mais um caso entre muitos outros por resolver, juntando-se à há já longa lista de crianças e adultos desaparecidos no nosso País e que se desconhece o seu destino.
Todos nós temos o dever cívico de tentar ajudar as autoridades e por isso sugere-se a consulta regular à página da Polícia Judiciária (http://www.pj.pt/htm/pessoas.htm) onde consta a identificação dessas pessoas.

CALOTEIROS
O ministro das Finanças anunciou que a partir de Julho vai divulgar a lista de “caloteiros” ao fisco, prevendo recuperar em 2006 cerca de 1,5 milhões de euros em atraso. Segundo ele, o montante total de dívidas ascende a 17 mil milhões de euros e que, a ser cobrado na totalidade, dava para acabar com o défice de 2005 e ainda sobrava qualquer coisita.
Claro está que da tal lista não irão fazer parte os bancos e as seguradoras, nem aqueles senhores que têm dinheiro suficiente para lançarem OPAS sobre as “PT’s” recorrendo a uma subsidiária na Holanda e daí beneficiarem com a isenção do pagamento de 0,5 do imposto de selo a que todos nós estamos obrigados a liquidar às Finanças, sobre todas as operações realizadas com apoio da banca.
A esta fraude legal avaliada em 57,5 milhões de euros, junta-se também a isenção do pagamento de imposto sobre mais-valias e sobre dividendos, bem como à retenção na fonte dos juros bancários.
Realmente o mundo é dos espertos.

COOPERAÇÃO NUCLEAR
O senhor Bush foi ali ao Afeganistão cumprimentar os amigos que ele colocou no poder e aproveitou para dar um saltinho à Índia e ao vizinho Paquistão com o objectivo de estreitar as relações, estabelecendo acordos de cooperação sobre energia nuclear, onde estão contempladas as respectivas bombas, essas sim de destruição maciça, como se constatou em Hiroshima e Nagasaki.
Apesar de ter feito o seu primeiro teste nuclear em 1974, a Índia afirmou-se definitivamente como potência militar nuclear em 1998, tal como o Paquistão, não sendo signatária do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). O tratado, que entrou em vigor em 1970, tem como principais objectivos evitar a proliferação de armas nucleares, fomentar o uso da energia nuclear para fins pacíficos e promover medidas conducentes ao total desarmamento nuclear do globo
Ao abrigo do acordo com o paranóico que julga ser o dono do mundo, a Índia promete dedicar a actividades exclusivamente civis 14 dos seus 22 reactores nucleares e mais 7 que está a construir, submetendo-os ao controlo internacional.
Assim se vê a coerência desta gente. Enquanto ao Irão e à Coreia do Norte (que até são signatários do Tratado) não lhes é permitido desenvolverem os seus projectos nucleares para fins pacíficos, outros até têm apoio dos americanos e da comunidade internacional que continua de cócoras perante a “grande potência” dos hambúrgueres e da batata frita.

1997, 2007 © Guia do Seixal

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