05/11/2008

A PIOR VARIANTE

Hoje li que a Reserva Federal dos Estados Unidos havia criado uma nova linha de crédito para os Bancos Centrais do México, Brasil, Coreia do Sul e Cingapura.

Nessa mesma declaração informou que concedeu créditos similares aos Bancos Centrais da Austrália, Canadá, Dinamarca, Reino Unido, Japão, Nova Zelândia, Suíça, e ao Banco Central Europeu.

Em virtude desses acordos, concede dólares aos Bancos Centrais, em troca de reservas em divisas desses países, que sofreram perdas consideráveis devido à crise financeira e comercial.

Desse jeito, é consolidado o poder económico da sua moeda, privilégio outorgado em Bretton Woods.

O Fundo Monetário Internacional, que é o mesmo cachorro com diferente coleira, anunciou a injecção de avultadas quantias para os seus clientes da Europa oriental. À Hungria injectou-lhe o equivalente a 20 bilhões de euros, grande parte dos quais são dólares procedentes dos Estados Unidos. As máquinas não cessam de imprimir notas nem o FMI de outorgar os seus leoninos empréstimos.

Por sua vez, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) declarou ontem, em Genebra, que ao actual ritmo de despesas, a humanidade precisaria dos recursos de dois planetas em 2030 para manter o seu estilo de vida.

O WWF é uma instituição séria. Não é preciso ser universitário formado em matemáticas, economia ou ciências políticas para compreender o que isso significa. É a pior variante. O capitalismo desenvolvido ainda aspira a continuar pilhando o mundo, como se o mundo pudesse suportá-lo.


Fidel Castro Ruz

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